Rui Alves (Presidente do Nacional) abre o livro...
«– O que o levou a esta situação?
– Qual?
– A de ser arguido no processo "Apito Dourado"?
– Vamos por partes. Acho normal que, num processo deste tipo, para constituir uma vaga de fundo seja necessário ter a participação do maior número de agentes que se relacionam, directa ou indirectamente, com o futebol.Vou aproveitar esta entrevista para esclarecer o que se passa. A Polícia Judiciária (PJ) prossegue as investigações no âmbito do caso e naturalmente que tem o poder de constituir arguidos em função daquilo que entender.Mas, atenção, a PJ e o Ministério Público são uma parte do processo. O cidadão é outra parte do processo e a justiça estará na parte final para decidir qual das partes envolvidas no processo tem razão.Independentemente do trabalho que tem de ser feito ao nível da investigação, a PJ tem esse poder, para através de um "reality show" que cria passar para a opinião pública uma determinada condenação de uma ou mais pessoas...
– Isso quer dizer que aquilo com que foi confrontado não o convenceu?
– A questão é que eu estou indiciado num crime de corrupção activa, através da interpretação que é feita de uma escuta telefónica de uma conversa que tive com um empresário de futebol, antes de um jogo...
– Que jogo?
– O Nacional-Benfica da época passada. Nessa conversa, porventura, as palavras do empresário não terão tido um bom sentido de abordagem da figura do árbitro e como eu, em duas ou três palavras, despacho a conversa, usando palavras que segundo a PJ têm uma interpretação – nesta fase do processo – que justifica a minha indiciação, como se eu pretendesse comprar o árbitro.A tal interpretação, a seu tempo, será dada uma interpretação correcta, pois naturalmente que os portugueses do continente dão, a certas expressões e palavras, uma interpretação diferente daquela que nós, madeirenses, damos.Não tenho dúvidas de que, numa fase posterior deste processo, isso ficará totalmente esclarecido, até porque, apesar da vitória do Nacional nesse jogo, não há na abordagem a esse jogo, em nenhum órgão de comunicação social, qualquer reparo ao trabalho do árbitro..
– Esse empresário está, também, indiciado?
– Naturalmente...
– Trabalha com o F.C. Porto ?
– Sim . »
in "Diário de Notícias da Madeira"
E se o Pl@ka falou...tá falado!
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