FC Porto, 3 SL Benfica, 2

Detalhes…

Na véspera, Paulo Bento tinha ficado desiludido, com a imaturidade da sua equipa. Queixava-se ele que depois da sua equipa ter chegado á vantagem perto do fim, não podia ter sofrido o empate no “último segundo” do jogo. Encontro alguma razão para o desabafo, mas Paulo Bento esqueceu-se que o futebol é um jogo. Um jogo tem a componente da sorte e do azar. Por vezes, um remate fantasticamente executado e com toda a intenção, por centímetros, bate no poste, percorre a linha de golo, bate no outro e não entra… depois há aqueles lances, em que o jogador remata sem perigo e a bola bate num companheiro que passa a correr e… entra! São estes detalhes, que por vezes decidem jogos! No jogo do Dragão calhou ao Benfica provar o fel do “segundo do azar” ou se preferirem de ser traída pela fantástica incerteza que um jogo de futebol pode trazer. Se pensarmos bem, é por isso que adoramos futebol… Este fim-de-semana tivemos dois grandes jogos, não foram brilhantes em termos técnicos, mas em emoção, em querer ganhar, em mudanças tácticas e em heróis acidentais! Se em Aveiro, Buba, esse desconhecido até ao momento, teve a sua noite de glória, no Dragão calhou a Bruno Moraes decidir um jogo que, se houvesse justiça em qualquer jogo, merecia terminar empatado. O Porto foi uma equipa com “estrelinha” na primeira parte. Porquê? Não, não estou a arranjar desculpas, efectivamente aquando do remate de Postiga, fraco e sem perigo, que toca no Lisandro Lopez, sem este fazer qualquer movimento para isso, e entra na baliza do traído Quim, nenhuma equipa tinha feito nada para estar á frente no marcador. Esse lance de sorte, do qual o Porto não tem culpa, mudou o curso do jogo. O Benfica desorganizou-se e moralizado o Porto conseguiu por três ou quatro vezes aproximar-se da baliza de Quim, ainda que sem muito perigo. E depois Quaresma tira um golo da cartola… Esta situação é potenciada pelo erro inicial de Fernando Santos, na formação do onze inicial. Retirar Nuno Assis do meio campo, colocando Paulo Jorge na ala direita, enfraqueceu o “miolo” benfiquista. Malgrado esse detalhe que o enfraquecia, o Benfica consegue três claras situações de golo. Léo depois de brilhante jogada remata a rasar o poste, Kikin dentro da área proporciona a Helton boa defesa e Paulo Jorge vê o seu remate travado pelo mesmo protagonista. Detalhe: Postiga remata mal e tem sorte, todos estes remates vermelhos foram superiores em execução e intenção e… não entraram. Na segunda parte o Benfica entra bem e melhor fica com a entrada de Assis, para o lugar de Paulo Jorge e posteriormente de Mantorras por troca com Kikin. E naturalmente chega ao empate, já perto do fim do jogo, por Nuno Gomes a concluir a melhor jogada colectiva do jogo. Praticamente no último segundo de jogo, lançamento para a molhada e depois de duas carambolas, eis que Bruno Moraes vê chegar-lhe a “redondinha” á sua cabeça e… Golo. Pergunta: Porque será que Quim sofre golos e mais golos, com o marcador dentro da pequena área? Analisem e digam-me qualquer coisa… E assim um jogo em que o resultado mais justo seria o empate, e arrisco até em dizer que a haver um vencedor teria de ser o Benfica, se decide no ultimo segundo. É futebol! E não há nada para reclamar, é continuar a trabalhar, porque a Liga está muito equilibrada e até começo a pensar que Fernando Santos arrisca ganhá-la!
E se o Pl@ka falou...tá falado!

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