Com a gente da minha terra...

Fiz bem em ficar com a gente da minha terra!
Mariza
Mais de 14.000 pessoas estiveram presentes num Pavilhão Atlântico cheio como um ovo, para ver e ouvir Mariza. Grande ambiente que a impressionante moldura humana criou á volta da cantora. Ás tantas dei por mim a pensar que bastava Mariza respirar para ser aplaudida (tornou-se um pouco aborrecido a frequência com que as palmas irrompiam pela actuação da cantora), ela que soube honrar a massiva presença com mais um – dos muitos que têm dado pelo mundo fora – fantástico concerto. Concerto que foi abrilhantado com as excelentes actuações dos amigos: Rui Veloso, o grande Carlos do Carmo, Tito Paris e Ivan Lins. Confesso que me deu particular gozo rever Carlos do Carmo em plena forma. Um grande senhor! Ivan Lins – apesar da tecnologia e do som atraiçoarem a sua actuação – esteve em grande plano. Rui Veloso entrou em palco apoiado em muletas, mas a sua actuação foi tudo menos coxa… Uma nota negativa nesta mágica noite para o som que não esteve tão bem quanto era exigido. Ivan Lins foi o mais prejudicado, mas foram várias as situações em que o som poderia e deveria ter feito jus á qualidade das vozes que estiveram em palco. Em grande destaque esteve Luís Guerreiro na guitarra portuguesa, assim como a Orquestra Sinfonieta de Lisboa. A noite ia longa quando Mariza sobe ao palco e informa - pondo fim a alguma ansiedade da sala - que o Grammy foi ganho por um grupo colombiano salientando o acerto em ter escolhido ficar com a sua gente… a gente da sua terra. O espectáculo terminava em apoteose com o Pavilhão Atlântico de pé, enquanto Mariza descia do palco de encontro á sua gente enquanto cantava o seu hino “Ó Gente da Minha Terra”! Faltavam vinte minutos para a uma da manhã e enquanto deixava para trás o concerto senti-me bem… e é para isso que servem estes momentos.

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