O nojento futebol português!

A Dança dos Hipócritas
É sintomático do belo e honesto país em que vivemos o folclore ridículo que se montou à volta do facto, que vale o que vale, do Benfica ter ganho com um golo fora-de-jogo. É curioso porque acontece quando o Rei faz anos (e para quem não estiver atento, somos uma República) e é curioso porque quando os clubes do costume são beneficiados (o que, como se sabe, acontece com uma regularidade semelhante às cotoveladas do Bruto Alves) a imprensa amestrada baixa a cabeça, rói o osso e finge que não se passa nada.
É curioso, ainda, porque se trata de um simples fora-de-jogo transformado em obra do demónio, mas os inúmeros e evidentes foras-de-jogo não assinalados no ano passado, que decidiram bem mais de uma mão cheia de jogos a favor do clube condenado por corrupção, foram considerados pela imprensa desportiva (uso lato do termo) como ‘casos normais de jogo’, ‘incidências do desafio’ e como ‘erros normais das equipas de arbitragem’. Da mesma forma que o foram os foras-de-jogo não assinalados e outros simpáticos favores que, por exemplo, o assalariado Lucílio (ladra, senta, rebola. Toma um biscoito) fez ao Sportem para o colocar na Liga dos Campeões no ano passado.
A atentarmos nos me(r)dia, parece que não há um clube regional sistematicamente beneficiado e outro que anda de trela, recolhe as migalhas e corre aos ossos. Parece que o Benfica não tem sido escandalosamente surripiado em quase todas as jornadas. Parece que o Sportem não faz queixas sistemáticas da arbitragem, sem ter ponta de razão, para condicionar os jogos. Parece que não há dezenas de jogadores emprestados pelo clube condenado por corrupção por essa Liga fora que fazem jeitinhos ao dono (ah, como os guarda-redes emprestados ganham manteiga nas mãos e com que facilidade se falham penalties por mais de um metro) ou que têm gastroenterites fulminantes em jogos-chave.
Parece que, já este ano, o clube condenado por corrupção não foi beneficiado com golos escandalosamente mal anulados ao Leixões no Estádio do Porcalhão, penalties perdoados ao Bruto Alves e Rolando contra o Marítimo, penalties perdoados ao Bruto Alves contra o Guimarães, entre outras atençõezinhas e algumas 5 expulsões perdoadas ao Bruto Alves.
Parece que, já este ano, os verdes animais de estimação do clube condenado por corrupção não foram já beneficiados com penalties perdoados nos jogos contra o Braga, Benfica (sobre o Yebda, claro como a água), Leixões e Naval e golos em fora-de-jogo marcados contra o Belenenses e Estrela da Amadora.
Nada disto, no entanto, justifica danças de primeiras páginas com menção a distorções de resultados, histerias colectivas e folclores desmedidos.
Nada disto é considerado pela imprensa como anormal. Mas percebe-se. Infelizmente, tudo isto é, de facto, absolutamente normal.
É, também, normal que um artista pimba com a cabeleira do Beethoven imediatamente depois de acordar escolha o maior palco do país para o seu show de stand up com piadolas sobre playstations. Apesar de ter claramente mais razões para o fazer depois do espectáculo com a Agremiação Circense do Lumiar (em que foi claramente mais prejudicado), esta malta do show business ambulante sabe muito bem gerir a carreira e percebe que se guardam estes trunfos para quando a audiência é maior e o público mais receptivo.
Racionalizemos. O que aconteceu no jogo de ontem é o que acontece quando os árbitros não estão atentos aos donos. Sucede enganarem-se, mas tanto pode ser para um lado como para o outro (ao invés de sempre para o mesmo lado). É um conceito estranho, porque não estamos habituados – ninguém está – mas isto aconteceria mais vezes num mundo normal.
Para terminar, um conselho para gente como o contorcionista Luís Sobral, o menino Jesualdo, o tipo que veste fatos da Chicco e o bimbo do presidente do Braga: é francamente desagradável deixar a opinião pública ver-vos aos saltos com um melão enfiado no rabo.
Por uma questão de decoro, ao menos deixem-se estar quietos enquanto espumam.
p.s.1 Muita gente (pseudo cientistas da bola), perante a indignação benfiquista com a habilidosa arbitragem do Pedro Henriques, se apressou a fazer a sua defesa e a considerar como injustificado o tom. Vamos ser se essa gente será também tão voluntariosa na defesa do Paulo Baptista e da sua dignidade. Estou, por exemplo, curioso para saber se o homem que veste fatos da Chicco também convidará o Paulo Baptista para o seu programa na SIC ou se isso só serve para os árbitros que prejudicam o Glorioso fazerem a lavagem pública da sua imagem.
p.s.2 O boçal do Presidente do Braga veio demonstrar que, às vezes, as aparências confirmam o conteúdo. Parece um bimbo ignorante que não consegue dizer uma frase sem atropelar mortalmente as regras gramaticais básicas. Parece e é: quando fala dá pontapés nos testículos do Português e, ao mencionar o caso Calabote, confirma que é um ignorante com um QI de uma pedra da calçada. Qualquer pessoa minimamente informada, ou que saiba ler (o que duvido que seja o caso), já desmistificou esse mito.
Pelo grande Gwaihir, no local do costume.
O enorme Gwaihir disse quase tudo o que eu queria dizer sobre o recente movimento: "Meu Deus! O Benfica marcou um golo fora de jogo, vejam como estes senhores são levados ao colo!". Movimento que é criado todos os anos, aquando da única vez (é necessário para manter as aparências) que o Benfica é beneficiado (a época passada foi na Amadora, lembram-se?). Mas, faltava falar deste "rapaz", que é o presidente dos "Estrompes". E eu até que gostava da série daqueles seres azuis, bem, neste caso são verdes, mas vai dar ao mesmo. Aposto que a criatura cuspiu tudo ao seu redor quando prestou estas declarações ao "Record" (só podia ser ao "Record"!). Não acreditam? Estão a ver aquilo ali do lado esquerdo na foto? É a ranhoca verde que o rapaz largou...

Paulo Abreu
Desculpem estar a sujar o blogue com esta foto...

E se o Pl@ka falou...tá falado!

1 Comentários:

Anónimo disse...

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