Óscares

Começo a estar velho para estas coisas! Isto de aguentar até às 4h30 da madrugada, para ver os Óscares, já foi fácil para mim, agora, estou a escrever isto e só me apetecia era deixar cair a cabeça em cima do teclado e dormir uma sesta retemperante…

Mas, ainda assim valeu a pena. A cerimónia foi, talvez, a melhor dos últimos anos. Encurtada, com mais ritmo, original e diferente na forma de apresentar os nomeados e com um Hugh Jackman, a apresentar, em grande forma! O homem cantou, dançou, teve piada, foi sóbrio quando deveria ser, enfim, a roçar a perfeição! Só não chegou lá, porque, como todos nós sabemos, é feio e fica extremamente mal quando veste um smoking… Raios partam o homem! Não liguem, isto é a inveja e o cansaço a fazerem com que eu escreva estas parvoíces.

Graças ao canal E!, este ano, podemos ver na integra, o glamour ou falta dele, na passadeira vermelha. E dos que por lá brilharam, ninguém o fez mais cintilantemente que Kate Winslet. Madura e sensual. Sarah Jessica Parker, estava horrível, embora o mocinho – versão Cláudio Ramos americano, do canal E! – que, comentava os vestidos das senhoras, tenha quase chegado ao orgasmo ao ver o candelabro que a vestia. O par Angelina e Brad Pitt sempre bem. Pitt está a envelhecer bem, raios o partam! Alicia Keyes deslumbrante! Natalie Portman e Freida Pinto, a protagonista de “Slumdog Millionaire”, lindas! A certa altura, apareceu um senhor, talentoso, mas com um ar um pouco efeminado, de seu nome: Tilda Swinton. If you know what i mean

A cerimónia foi, como já disse, das melhores que vi. O número de abertura descansou quem (eu, por exemplo) duvidava do talento de Mr. HughWolverineJackman, para apresentar o espectáculo. Fabuloso!

Já agora e antes de passar aos vencedores das estatuetas, não seria possível a TVI ou outro qualquer canal que transmita a cerimónia em directo, deixar de colocar os senhores a comentar por cima do que se vai passando no Kodak Theatre? Porra, não há pachorra para aquilo. Quem fica acordado a ver os Óscares desenrasca-se com o inglês, perceberam?

Bom, vamos aos vencedores. Merecidíssimos, os Óscares para Winlest (já decerto repararam que gosto da senhora…), e Penn. E esclareço que não vi “Milk”. Acontece que, Penn é talvez o melhor actor da actualidade. Logo, justo vencedor. Heath Ledger, ganha, todos acham, merecidamente o prémio para melhor actor secundário, pelo seu muito elogiado Joker. A Academia teria dado a estatueta a Ledger, caso estivesse vivo? Duvido! O resto é conversa. Penélope Cruz levou para casa, a estatueta de melhor actriz secundária. Aqui deixem-me discordar. Não acho a espanhola nada de especial como actriz. Só se foi devido à cena onde beija Scarlett Johansson. Se assim foi… acho justo!

Slumdog Millionaire” é um justo vencedor, embora concorresse contra óptimos filmes. “The Reader” é uma história bem contada e Winslet está soberba. “The Curious Case of Benjamin Button” é muito bom, com efeitos soberbos e uma bela actuação de Pitt, bem secundado por Cate Blanchett e especialmente Taraji P. Henson (podem vê-la todas as semanas na excelente série “Boston Legal” na FOXCrime), que como mãe de Pitt, consegue uma prestação notável. Era a minha preferida para ganhar a estatueta que a espanhola ganhou. Bah! Muitos acusam o filme de Danny Boyle de dar uma visão “bonitinha” da Índia (curiosamente o governo indiano protesta sobre a imagem que é dada do pais. Afinal, em que ficamos?), eu explico: O filme não pretende ser um dramalhão com toda a gente a sofrer horrores, ou atrasados mentais em cadeiras de rodas! Só esse tipo de filmes é que podem ganhar prémios? Não há pachorra! O filme, sem ser um drama puro e duro, “diz” muita coisa sobre a Índia, e para além disso, eu gosto da homage que Boyle faz a Bollywood. Já que estou a falar de Boyle, já perceberam que gostei do filme que fez, mas julgo que este senhor é que deveria ganhar a estatueta de melhor realizador, com “Gran Torino”. I rest my case

E se o Pl@ka falou...tá falado!

0 Comentários:

top