A festa está a começar! Vem aí o Mundial 2010!


Vou dividir este post sobre o Mundial em três partes. A primeira parte será sobre a minha paixão por estes grandes eventos desportivos, a segunda serei eu a afiar as facas para espetar no Queiroz e terminarei com uma previsão, naturalmente estúpida e completamente desprovida de sentido sobre as selecções que brilharão neste Mundial.

Desde sempre que segui os grandes acontecimentos desportivos. Confesso-me um apaixonado por Mundiais e Europeus de futebol, assim como dos Jogos olímpicos. Adoro aqueles dias de festa, as cerimónias de abertura, os jogos, as surpresas, as desilusões, a emoção e paixão que envolve todos estes grandes eventos desportivos. Nos últimos campeonatos de futebol, tanto europeus ou mundiais, a selecção de Portugal tem participado, algo pouco comum noutros anos. Assim, ultimamente, tenho sofrido bastante com a nossa selecção, o que mudou o meu hábito de escolher uma ou duas selecções favoritas e torcer por elas. Geralmente torcia pela Argentina, nunca fui grande fã do Brasil.

Nasci em 72, do Mundial de 78 recordo-me de um estádio enorme, papelinhos e um homem de cabelo comprido. Hoje, quando vejo imagens de Kempes de braços abertos compreendo as minhas recordações.

O meu primeiro Mundial a sério e o meu favorito desde sempre (os outros são o México 86 e o Alemanha 2006), foi o Espanha 82 e desse já me recordo de muita coisa, tinha 10 anos de idade e que grande Mundial foi aquele, o de Zoff, Rossi, Tardelli, Cabrini e Conti a sagrarem-se campeões após uma 1ª fase desastrada só com empates, mas com uma vitória fantástica sobre o melhor Brasil de que tenho memória. O escrete de Zico, Sócrates (que grande jogador!), Falcão, Éder, Serginho e Junior formavam uma selecção fabulosa! Do melhor futebol que vi. Famosos ficaram grandes jogos como o Itália 3-2 Brasil, o enorme Alemanha 3-3 França (5-4 em G.P.) e que me fez “odiar” os alemães porque gostava do futebol dos franceses e achei uma injustiça Schumacher ter agredido Batiston e não ter sido expulso. A final Itália-Alemanha confirmou a melhor equipa. Foi um grande Mundial, onde Maradona começou a ser notado na selecção argentina, ele que iria brilhar a grande altura quatro anos mais tarde, no México 86. Espanha 82, talvez por ser o meu “primeiro”, foi o meu Mundial!

Sobre Maradona do México 86 já foi tudo dito e visto, ele que foi e é o melhor jogador do mundo de sempre. E não me falem em Messi e Ronaldo. A "mão de Deus" e o golo fabuloso, maravilhoso, um autêntico hino ao futebol que marcou frente à Inglaterra ficarão para sempre na história do futebol. Portugal esteve presente neste Mundial, mas será que merece que eu perca muito tempo com a sua participação? Pois...

Maradona e a sua Argentina que no Mundial de 1990, em Itália, foi prejudicado, mal tratado, agredido e insultado, de tudo foi feito para Maradona não ganhar. Ainda chegou à final. O italiano Schilacci de quem mais ninguém ouviu falar foi uma das grandes figuras. Num Mundial feio, com mau futebol e ganho pela Alemanha.

Em 1994, nos EUA, lembro-me perfeitamente de ficar de madrugada a ver os jogos e torcer pelo futebol ofensivo da Nigéria. Roménia, Bulgária (Stoichkov era dos melhores do mundo) e Suécia com Brolin em grande foram os outros destaques de um Mundial ganho pela dupla Bebeto e Romário e que ficou conhecido pelo penalty falhado por Roberto Baggio.

O Mundial em França, em 1998, da final sem Ronaldo e da tinta que isso fez correr… Esperava-se uma vitória da França e essa aconteceu.

No Mundial de 2002, Na Coreia e Japão, Portugal escreveu outra página no livro “O que não deve ser a participação de uma selecção num Mundial de futebol”. O que se passou no exterior dos relvados reflectiu-se dentro dos mesmos. Indisciplina, desorganização, falta de chefia e desaproveitamento de todo o talento de um grupo de jogadores cheio dele. O costume em Portugal, se exceptuarmos a “Era Humberto Coelho” e “Era Scolari”. Este Mundial fica marcado pela demonstração evidente que a FIFA queria que a festa fosse, também, dos países organizadores e assim assistiu-se a uma desavergonhada protecção à Coreia do Sul. Itália com cinco golos mal anulados em três jogos e Espanha foram as mais prejudicadas e desta maneira a Coreia chegou às Meias-Finais. Na final um Brasil cada vez mais “europeu” bateu a Alemanha que chega sempre ou quase sempre aos jogos decisivos.

E chegamos ao Mundial de 2006, na Alemanha. Brilhante prestação da selecção portuguesa comandada por Scolari. Um 4º lugar que soube a pouco, porque a equipa das quinas não pareceu inferior a ninguém e muito menos à França que a eliminou à porta da final. A Itália, nas grandes penalidades, conseguiu mais uma vitória, na final que ficou célebre pela cabeçada de Zidane a Materazzi.

Veremos como será na África do Sul, em mais um Mundial que acompanharei entusiasticamente. Que comece a festa!

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