Uma fila do supermercado. A fila é naquelas caixas de atendimento preferencial a grávidas, acompanhantes de crianças de colo e deficientes. Surge uma senhora histérica, gritando enquanto agita um papel na mão. Exige passar à frente da minha mulher grávida de sete meses. Não está a ter um ataque cardíaco, o papel que agita não é o talão premiado do Lotaria, é uma declaração médica em como sofre de… Asma! E não, a senhora não estava a ter um ataque de asma, simplesmente como sofre de asma não pode estar em filas de supermercado.
Imaginem que estão na farmácia e, novamente, entra uma senhora (é outra, não é a do supermercado!) histérica, gritando que tem de ser já atendida. A senhora não está a ter um ataque de diarreia, não está prestes a dar à luz e não tem uma pessoa a desfalecer no carro. A senhora exige ser atendida à frente da meia dúzia de pessoas que aguardam a sua vez porque tem o carro mal estacionado! Tem o carro mal estacionado…
Agora, imaginem que a vossa mulher está grávida de sete meses e, naturalmente, a empresa onde ela é funcionária está a contratar alguém para a substituir enquanto durar a licença de gravidez. Até aqui está tudo bem, está tudo certinho e direitinho. Acontece que o Centro de Emprego (CE), para substituir a minha mulher, enviou uma senhora que está grávida de oito meses! Para substituir a minha mulher grávida de sete meses. O CE enviou uma candidata ao lugar, grávida de oito meses. Giro…
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