Magnifica. Estupenda. Sublime. Extraordinária. Soberba. Fantástica. Inigualável. Esfusiante.
Podem procurar mais adjectivos para classificar a exibição de gala que o Benfica efectuou (em especial na 1ª parte) frente ao Vit. Guimarães.
Há tanto para dizer sobre o que se viu no relvado da Luz. Quem não viu que arranje maneira de ver a melhor exibição, o melhor futebol que se viu esta época num estádio português. Houve momentos de futebol absolutamente entusiasmantes.
Já vi alguns classificar aquela exibição como sendo uma exibição “catalã” ou espanhola, numa alusão ao “tiki-taka” ou lá como classificam o futebol do Barcelona e da selecção espanhola. Não gosto destas associações. Aquilo foi o futebol “à Benfica”. Um futebol que Jesus devolveu ao meu Benfica.
Não vou fazer grandes destaques na equipa, mas quero fazê-lo em respeito a um momento verdadeiramente brilhante, de uma classe só ao alcance dos predestinados. O passe de Sidnei (mais uma excelente exibição do “gordo”) foi excelente, a desmarcação foi no momento preciso e a recepção (pelos deuses do futebol, aquela recepção!) é absolutamente incrível, um deleite para quem gosta de futebol! Tudo feito em corrida, tudo feito em velocidade, com uma classe superior. Para coroar aquele momento sublime em que a bola “morre” no pé direito do argentino, só mais um toque para desviar do guarda-redes, com a direcção e velocidade certa. Um hino ao futebol. Aimar é sinónimo de classe. Tivesse menos um par de anos…
Destaque ainda para Carlos Martins (golaço e festejo “à lá Cantona”); Roberto que com mais um punhado de boas defesas (excelente a que efectuou a remate de Edgar a evitar o 2-1) deu segurança à equipa e para Luisão, que em dia de aniversário deu seguimento às fantásticas exibições que vem fazendo.
Uma exibição para recordar. Duas bolas no poste, um punhado de boas defesas do guardião adversário, um penalty falhado (Cardozo tem de rever a matéria), um golo mal invalidado e outro que num estádio diferente seria seguramente validado. Foram três, e sem ponta de exagero, podiam ter sido quatro, cinco, seis, sete ou oito golos sem resposta. A 16ª vitória consecutiva em competições nacionais foi assim conquistada com nota artística elevada. Mal empregada equipa a jogar nesta Liga.
P.S. Sei que muitos, compreensivelmente, apostam numa goleada para a deslocação a Alvalade. Compreendo a euforia porque a equipa a justifica, mas tal como nos maus momentos a equipa não é a porcaria que dizem dela também agora convém lembrar que a equipa não é invencível e que um derby é (sempre foi) imprevisível no resultado. Já vejo futebol há tanto tempo e já vivi muitos jogos em que um Benfica fraco e derrotado se agiganta e ganha o derby de Lisboa. Confiante? Muito. A equipa merece que o esteja e se tudo correr normalmente o derby será ganho pela melhor equipa, o Benfica. Antes importa “despachar” o Estugarda com resultado que permita ir à Alemanha para cumprir calendário. As equipas alemãs, mesmo que estejam mal, são sempre complicadas.
P.S.1. O que se viu ontem no Estádio da Luz enche-me de orgulho na equipa e no trabalho feito. Sei que a Liga é quase impossível de conquistar. Sei. Mas não deixo de acreditar enquanto vir esta vontade, qualidade e categoria. Não irei deixar de acreditar enquanto matematicamente for possível. Também por isso não ligo ao fedelho que grita a plenos pulmões para ver se alguém lhe dá atenção depois de conseguir uma vitória que todos sabíamos garantida. O que me apetece dizer é: “Caguei e andei.”
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