Nunca votei em Sócrates, mas já me abstive em 2009, porque considerei que não havia ninguém melhor para o país. Não costumo votar nas eleições numa perspectiva clubista, mais do que em partidos acredito em pessoas e projectos, embora em termos de ideologia me sinta próximo do centro direita. Nunca diabolizei Sócrates, nunca odiei e não odeio Sócrates.
Votei Pedro Passos Coelho (PPC). Porque julguei ser o melhor para país. E só.
Notas que me parecem importantes:
- Passos Coelho ganhou as eleições depois de pedir a revisão constitucional, ter imposto Nobre como cabeça de lista por Lisboa, ter afirmado que a lei do aborto deveria ser modificada, criticado Pacheco Pereira e ter garantido que aplicaria o programa da troika. Tudo foi apontado como tiros nos pés e que ele tudo estava a fazer para perder as eleições. Agora, depois de eleito pode, nestes assuntos, fazer o que quiser. Perceberam isso, certo?
- Pessoalmente considero muito importante que PPC cumpra o que disse e escolha um governo com independentes mais à esquerda.
- PPC ganha as eleições com uma diferença muito maior do que a apontada pelas sondagens (não me refiro às feitas à boca das urnas). Até eu disse que seria assim…
- E os responsáveis das empresas de sondagens não se demitem? Não assumem que eleição após eleição, apresentam previsões mentirosas? Algumas a poucos dias das eleições davam PSD e PS em empate técnico…
- Sócrates fez bom discurso de derrota e despedida. Pena foi ter aceite responder a perguntas. Abriu o flanco e pagou com isso ao ter de responder a perguntas que sendo legítimas não o eram para o momento.
- José Seguro deverá ser o senhor que se segue. Ele não perdeu tempo e ridiculamente colocou-se na pole position. Seguro é o Passos Coelho do PS. No PSD tentaram queimar PPC, não conseguiram e agora é com ele que conseguem a governação do país. Parece-me que Seguro vai ser queimado nos próximos dois anos. Esperemos para ver…
- Portas e o seu CDS-PP consegue resultado que é bom e… mau. Consegue o melhor resultado dos últimos 28 anos, mantêm-se como terceira força política do país e adquire a possibilidade de ser solução para a formação de governo, mas o resultado é aquém do esperado e as pastas de ministro não serão tantas como ele queria e esperava. O discurso foi bom e inteligente.
- Jerónimo fez o mesmo discurso que se escuta há 37 anos no PCP.
- Pacheco Pereira não vai ser deputado.
- Emídio Rangel talvez desapareça, agora que Sócrates saiu de cena…
- O horrível resultado de Louçã e do BE. E o homem não se demite?!
E chega de falar de política e coiso…
2 Comentários:
Muitíssimo bem esmiuçado Ó PLAKA !!!
Também eu estou a pedir a Deus e todos os Anjos para que me livrem de vez do RANGEL....já não há pachorra...este imberbe cheira todos os peidos do INGINHEIRO da Independente...
Sou só eu a achar que ele parece o irmão gemeo do Castro do Saca Rolhas de Nova Iorque?
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