Detesto a imbecilidade. E o Benfica (não esperem que individualize as culpas) foi imbecil, parvo, estúpido, pateta.

O jogo

A qualidade do jogo foi má demais na primeira parte, desde a manifesta falta de atitude (vão ouvir falar muito de atitude neste post) da equipa benfiquista até à horrível simulação de Nolito que deu em penalty convertido por Saviola. Como é possível assinalar aquilo?! Enfim…

Na segunda parte o Marítimo, que valha a verdade não jogou grande coisa também, iniciou o jogo um pouco mais ofensivo mas o Benfica indolente e pastelão até ia conseguindo controlar o jogo. Eduardo evitou o empate realizando duas boas defesas e o Benfica continuou naquele registo: “Deixa andar, isto está controlado e o segundo golo vai aparecer mais tarde ou mais cedo.” E assim se perdeu dois ou três contra ataques que feitos com outra atitude e com o cérebro ligado teriam sido aproveitados de maneira a serem perigosos para o Marítimo. Assim foram desperdiçados de maneira estúpida!

E depois veio o momento que virou o jogo. Um gajo do meio campo do Marítimo arranca um pontapé a trinta metros da baliza e ela entra no ângulo. Nunca mais marca um golo daqueles na vida. Nada a reclamar, o Benfica colocou-se a jeito. E nem assim os jogadores despertaram! E pouco depois acontece o segundo golo do Marítimo. Contando com a passividade total de Emerson, dos centrais benfiquistas e de uma colaboração extra de Eduardo (vejam o lance e reparem que o jogador está a ser apertado por dois jogadores benfiquistas e a única forma de rematar seria aquela. Se Eduardo estivesse na baliza... Pois.) o moço marcou e bem o golo que abanou (finalmente!) a equipa do Benfica.

Jogando, agora sim, de maneira a parecer uma equipa profissional que levava o jogo e o adversário a sério, o Benfica empurrado pela entrada de Aimar, em cerca de vinte minutos criou mais oportunidades que no restante tempo de jogo. Contei quatro claras oportunidades, umas desperdiçadas por azar e outras por aselhice. E assim chegava o fim de um jogo que podia e devia ter sido ganho facilmente.

Culpa

Culpados? Todos! Direcção, treinador e jogadores. Ninguém fez o que devia ter sido feito para encarar este jogo de maneira a garantir a continuação na Taça de Portugal.

Opinião

Os jogadores que jogaram chegavam e sobravam para ganhar ao Marítimo, tivessem outra atitude e jogado à bola e hoje teríamos a falar de mais uma vitória normal. Ainda assim não consigo compreender como se faz a gestão do plantel neste jogo. E aqui a culpa recai em cima de Jesus. Este jogo era mais importante que o de quarta frente aos toscos romenos! Este jogo era muito mais importante! A Taça de Portugal tem de ser e era um objectivo importantíssimo do Benfica. Porque a pudemos ganhar, porque não vamos à final vai para sete ou oito anos, porque com um dos principais candidatos já eliminado as hipóteses de a ganhar aumentaram, porque tem de ser normal fazer a dobradinha (Liga e Taça de Portugal). 

Por tudo isto e porque o apuramento na Champions estava garantido, restando confirmar o primeiro lugar no grupo, porque esta mesma equipa a jogar na Luz com os romenos tem de chegar para ganhar, porque o Benfica não tem aspirações a ganhar a Liga dos Campeões, porque importava manter a invencibilidade (não por uma questão de recordes, mas por uma questão de mentalidade e motivação), porque era o mais inteligente a fazer e assim fomos burros, parvos, palermas, patetas e deitámos fora uma das competições que podíamos, efectivamente, ganhar!

Pessoalmente preferia ter sofrido a primeira derrota da época no próximo jogo na Madeira. Uma derrota no campeonato recupera-se ou pode recuperar-se. A derrota da passada sexta-feira não se recupera. É uma Taça de Portugal que não se ganha.

Esclarecimento

Critico a equipa, o treinador e quem mais for preciso e tiver responsabilidades neste jogo e na derrota. Neste jogo. Esta derrota. Sigo orgulhoso do que esta equipa conseguiu e fez neste começo de época. Não contem comigo para extrapolar e para a partir desta derrota traçar cenários dantescos e catastróficos. Continuo a confiar no treinador, no plantel e na equipa.   

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