Reservem o Marquês, pá!

Os meninos andam com medo, cagaço, receio, zelo, temor. É o normal nestas situações. Conheço tão bem os benfiquistas! São três décadas a perceber o sentimento benfiquista. E mal acontece um percalço ou dois tudo fica de cueca borrada e todos entram em depressão e à espera do cataclismo anunciado (geralmente são os mesmos a traçar estes cenários dantescos porque no futebol como na vida vivem aterrorizados e derrotados à partida) e logo surgem os habituais: “Eu avisei” ou “Eu já sabia que isto ia acontecer”. Estas demonstrações de sabedoria futebolística misturadas com poderes de adivinhação são sempre acompanhadas das costumeiras palavras de ordem: “Vergonha!”, “Morre Vieira” ou “O Jesus é um burro”.

Em Coimbra, o Benfica jogou mais e melhor do que em muitos outros jogos em que conseguiu a vitória. A bola não entrou ou por incompetência de quem a rematou ou porque o guarda-redes engatou uma bela exibição ou porque bateu no poste. É futebol, meus caros! Em Portugal só existe uma equipa que não costuma estar dependente destas circunstâncias.

Medo?! Isto é bola, meus caros! “Ai o FCP não vai perder esta oportunidade” e “Eles vêm cá ganhar como no ano passado” são “pérolas” que se lêem e ouvem por toda a parte.

Eu digo: Reservem o Marquês! Somos melhores. Temos melhor equipa. Temos melhor treinador. O Benfica vai ser campeão. Em Maio irei olhar para trás e sorrir.