A coisa terminou como começou. No poste!



Se puxarem o filme atrás vão lembrar-se do remate de Pepe, frente á Alemanha, em que a bola foi “bem rematada demais” e embateu na trave e caiu ali mesmo em cima da linha de golo. Tivesse a bola entrado e duvido que perdêssemos frente aos germânicos. Ainda assim a campanha portuguesa seguiu o seu caminho vitorioso e chegamos onde poucos pensavam ser possível: meias-finais com a poderosa Espanha, a campeã europeia e mundial, e com muitos a acreditar ser possível ganhar à “roja”.

Portugal conseguiu o que poucas selecções conseguem frente à Espanha. Roubou espaço, roubou a bola e a percentagem de posse da mesma foi bastante menor por parte dos espanhóis.

Portugal conseguiu momentos de jogo onde foi superior e isso não é fácil. Del Bosque também deu uma ajudinha e colocou a jogar Negredo. O espanhol foi uma nulidade sempre bem marcado por Bruno Alves. Cheguei a ver a Espanha a despachar bolas para o mato e ser obrigada a meter bolas na frente sem nexo.

No tempo regulamentar podemos dizer que Portugal equilibrou e foi superior em certos momentos. Coentrão, Pepe, Moutinho foram os melhores e Ronaldo só não entra neste lote porque teve oportunidades para confirmar a qualidade na marcação de livres e desperdiçou todas. Nani passou ao lado do jogo. O minuto 89 é determinante nesta eliminação de Portugal. A saída em contra ataque é quase perfeita e só o passe de Meireles (em vez de meter a bola no espaço, faz o passe para o homem e de tal maneira deficiente que Ronaldo tem de parar a corrida e vir atrás buscar a bola) é mau. O tempo que Ronaldo perde a esperar pela bola é determinante para o defesa espanhol “apertar” e estorvar, obrigando Ronaldo a ter que utilizar o pé esquerdo. Tivesse Meireles visão e qualidade de passe e poderíamos ter tido um final de jogo épico.

No prolongamento a Espanha (estranhamente melhor fisicamente) encostou Portugal e foi Patrício que salvou na única grande oportunidade para a Espanha, num remate de Iniesta.

E chegam as grandes penalidades. Podemos contestar a ordem, a maneira que a bola foi chutada, a falta de confiança e o que quiserem mais e vos der prazer. Voltamos ao mesmo. A bola que bate na barra e vem para fora. E a bola que bate no poste e entra. E entra por pouco…

É futebol.

Bom desempenho da selecção. Mérito de Paulo Bento. Pepe, Coentrão, Moutinho, Miguel Veloso, Nani e Ronaldo brilharam. Foi bom e poucos julgariam possível que esta selecção chegasse às meias-finais.

Agora que ganhe a Itália. E que seja Pirlo a marcar o penalty decisivo frente à Espanha. Sim. À Panenka para custar mais…

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