Ontem gritei um golo do Benfica como há muito não fazia! O golo de Coentrão (de pé direito! De pé direito, caraças!) foi marcado por nós benfiquistas, por todos nós! Os milhares no estádio e os outros todos pelo país inteiro que sofriam frente aos monitores de tv.
Não vou tecer grandes apreciações ao jogo, ás exibições individuais, não vou falar de aspectos tácticos. Hoje o Benfica faz anos, o meu Benfica faz 107 anos. Eu sou Benfica (gosto de o dizer assim) desde que nasci e embora não tenha, naturalmente, noção nos primeiros anos de vida desse clubismo, tendo sido criado num lar em que o meu pai e irmão mais velho eram benfiquistas ferrenhos e frequentavam todos os fins de semana a velha Catedral, posso afirmar que comecei a ser Benfica assim que nasci.
O meu Benfica está pujante, está vivo, está cheio de garra, de vontade de vencer e de lutar contra todas as adversidades. O meu clube chega aos 107 anos depois de na véspera a sua equipa de futebol ter demonstrado no relvado da nova Catedral perante nós, os benfiquistas, que está ao melhor nível. O Benfica é algo que não se explica, costumo dizer que é uma pessoa de família que amo, é o que me fazia faltar à escola e apanhar o autocarro 24 sem os meus pais saberem para assistir a uma vitória sobre o Sporting (5-0), em jogo para a Taça de Portugal, marcado para o meio da tarde de um dia de semana. O Benfica é algo que me fez estar presente em Alvalade no jogo dos 7-1 e sair de lá mais Benfica do que nunca. É um sentimento de pertença a algo bom. E lembro-me de ter estado em noites gloriosas como aquelas contra o Steaua, o Parma, o Liverpool, a Roma, o D. Kiev e contra o Anderlecht. Esta equipa belga recorda-me noites não tão gloriosas, como aquela em que jogamos um particular sob um frio gélido e no velhinho estádio estavam, no máximo, duzentas pessoas. E eu e o meu primo felizes por ali estarmos… Aquilo, o estádio, era a nossa casa e estávamos bem ali. E o jogo memorável contra o Marselha, o jogo da mão do Vata (que não vi no estádio, juro), o jogo que eu ansiei por tanto tempo e ao qual estive prestes a faltar devido à burrice e estupidez própria de um adolescente. O meu pai, mesmo sem quase falar para mim, levou-me ao jogo e as pazes com o velho foram feitas de lágrimas nos olhos, num abraço apertado enquanto festejávamos o golo que nos levava à final da Taça dos Campeões Europeus. Aquele abraço era muito mais que o festejo de um golo. E o Benfica que era um amigo comum, uma pessoa de família que ambos amávamos, cumpria o seu papel e servia de aproximação entre pai e filho. E a poucos dias de ser pai é este Benfica, este sentimento que irei apresentar ao Rodrigo.
O meu Benfica é tudo isto e mais, muito mais para mim.
O meu Benfica que ontem voltou a demonstrar estar tão vivo. Que prova a cada jogo que é, sem qualquer tipo de dúvida, a melhor equipa portuguesa (de longe) e uma das melhores (actualmente) na Europa.
O meu Benfica faz 107 anos. E ontem nós todos, os que gostam disto, não gostam daquilo, os que apoiam a direcção ou não, os que gostam mais ou menos de um certo jogador, os que têm mais paciência ou entendem não dar tempo à equipa, todos, todos estávamos no pé direito de Coentrão.
Benfica! Benfica! Golo! Golo, caraças!
Parabéns, Benfica.
E obrigado.
Nem me vou alongar muito em apreciações ao jogo. Eu, preocupado com a condição física da equipa e vai dai, eles chegam á Alemanha e fazem aquela exibição do catano?! Caraças, grande jogatana!
- Grande Robertazo! Aquela defesa, caraças, aquela defesa!
- Luisão, Sidnei, Maxi e Coentrão uma defesa de betão.
- Gaitán é classe pura, caraças! Como diz o PB do "Lateral Esquerdo" (blogue a seguir, meus senhores! Fala-se de futebol e sabe-se do que se fala): “Gaitán tem classe até a andar!”.
- E o Salvio, pá? Comprem já este tipo! 15 milhões? É barato, pá!
- Cardozo voltou aos livres! Confesso que já tinha saudades!
- Jara! Jara! Alguns inteligentes colocaram-no numa votação para pior contratação da época. A ideia deve ter sido do Luís Sobral. Só ele para pensar em comparar um jogador como Jara com o cepo Torsiglicoiso do Sporting.
- E o nó cego do Carlos Martins, pá? E o alemão a correr atrás dele para lhe partir uma perna? És grande, Carlos!
“Um dia a história muda”, disse Jesus antes do jogo. E 49 anos depois mudou mesmo! O Benfica ganhou na Alemanha.
Jesus? Não estiveram com atenção ao titulo do post, certo?
E quem vai parar a melhor série vitoriosa de sempre do Benfica? Repito: A melhor série de vitórias consecutivas em jogos oficiais da história do Benfica!
E quem vai parar a melhor série vitoriosa de sempre do Benfica? Repito: A melhor série de vitórias consecutivas em jogos oficiais da história do Benfica!
Eu sei que um dia vai acontecer (um empate ou mesmo derrota), eu sei, e em todos os jogos penso: “Humm, se calhar é hoje...", mas esta equipa insiste em surpreender-me e em alegrar-me os dias.
E permitam que acabe este post com uma questão, ora aqui vai: - Quem se lembra de Quim, David Luiz, Di Maria e Ramires? Alguém? Vocês, ai ao fundo? Não? Bem me parecia…
“127 Hours” é uma inesperada e agradável surpresa. Danny Boyle consegue transportar-nos para o mundo de Aron Ralston e para aquele dia em que ficou com um braço preso enquanto fazia o que mais gostava. Boyle conta a história de maneira brilhante e desde a mistura de vídeo digital, transições rápidas que lembram câmeras amadoras e momentos em que usa quase a linguagem de vídeo musical, tudo é usado pelo realizador para nos agarrar ao sofá. E, acreditem, resulta. James Franco (de quem não sou grande apreciador) consegue um excelente desempenho praticamente sozinho nos 94 minutos de filme. Chamo a atenção para a magnífica banda sonora que ajuda ao sucesso do filme. A cena que marca todo o filme é violenta e alguns podem voltar a cara (diz-se que provocou desmaios nas salas de cinema) mas é obviamente necessária. Naturalmente, não escapamos a colocarmo-nos no lugar do protagonista e a interrogarmo-nos sobre o que faríamos confrontados com aquela situação. Intenso, rápido e poderoso. Obrigatório ver. 8/10
Um filme que ganhou o “Grande Prémio do Júri do Sundance Film Festival 2010” nas categorias de Melhor Filme e Melhor Argumento, capta a nossa atenção, certo? Pois. “Winter´s Bone” não desilude e as fabulosas interpretações da jovem Jennifer Lawrence e do veterano John Hawkes valem o bilhete de cinema ou o tempo do download… cof…cof… O filme tem um ritmo lento e isso pode ser algo desagradável e estranho para muitos, mas a realizadora utiliza-o propositadamente para representar a busca da jovem numa América que muitos não conhecem e outros querem esconder. Um filme que retrata os chamados “white trash”. Este não é um filme a ver se quiserem ficar bem dispostos. 7/10
Ora aqui está um filme com um elenco maravilha. Angelina Jolie e Jonhny Deep. Ena! Jolie já provou que para além de ser bonita de qualquer maneira e ficar bem em qualquer situação, local, roupa e o raio que a parta, é uma actriz competente (se duvidam de mim é ver “Changeling” do grande Clint Eastwood) e Deep julgo não necessitar de qualquer tipo de demonstração de talento. No entanto, “The Tourist” é uma enorme e sonora decepção! Sim, dá para ver e entretém razoavelmente, mas o argumento que tem tudo para resultar é infestado por clichés enfadonhos. O final é daqueles que se adivinham a léguas e nos faz soltar um aborrecido: Bah! Quando acabarem de ver o filme (espero que não tenham pago o bilhete de cinema) se sentirem um cheiro nauseabundo a invadir a sala, não estranhem… É o cheiro a desperdício! Desperdício de talento. O senhor Florian Henckel von Donnersmarck (com um nome destes…) prova não ter unhas para tocar um argumento com potencial e um elenco de qualidade composto por Deep, Jolie e ainda Paul Bettany e Timothy Dalton. É pena… 5/10
Ontem, houve derby. Estes jogos são especiais, são diferentes dos outros e tudo pode acontecer. Embora sabendo da enorme diferença de valor e qualidade entre Benfica e Sporting, acreditei que a equipa verde e branca pudesse dar mais luta. Não aconteceu.
- Superioridade absoluta do Benfica.
- Roberto, embora com uma saída em falso, realizou mais uma daquelas defesas que um guarda-redes do Benfica tem de fazer, das que valem pontos. A defesa a remate de Matias Fernandez é enorme. É tão mauzinho, não é? Foram uns milhões tão mal gastos, não foram?
- Gaitán que para muitos também era uma belíssima trampa continua a provar toda a sua enorme qualidade. Compreendo quando dizem que por vezes desaparece do jogo (ainda não defende como Jesus quer, mas lá chegará) mas, quando aquele pé esquerdo decide jogar é de uma qualidade técnica soberba. Não faz tantos malabarismos e fintinhas como outro argentino que habitou aquela ala esquerda, Di Maria, mas é muito mais efectivo no que faz e marca muitos mais golos, aquelas “coisas” que decidem jogos. Comparem os números e exibições dos dois argentinos na primeira temporada de Benfica e depois falem comigo.
- Salvio. O argentino só pelo golo merecia destaque. E daí… É que temos de ser justos e concordar que não é complicado antecipar-se ao Grimi, certo?
- Luisão, Javi e Maxi. Enormes!
- Coentrão que grande dupla faz com Gaitán! Decisivo a evitar golo que o pai da Lyonce Vikctória (é assim que se escreve?) se aprestava para marcar.
- Jesus. "Ganda" Jesus! “Muita” bom!
- Agora que ganhamos no Dragão e em Alvalade em inferioridade numérica espero que os mais cépticos estejam convencidos.
- Este Benfica é a melhor equipa em Portugal. Ponto final.
- Este Benfica é das melhores equipas da Europa. Ponto Final.
O que me traz ralado é a capacidade física desta equipa para quinta-feira. O Estugarda vai entrar em força e o Benfica vai aguentar bem 50/60 minutos, o resto é que me preocupa. Ainda assim, como não poderia deixar de ser, tranquilo e confiante.
P.S. Poderão estar a estranhar eu não “falar” do Sporting. Sinceramente, acho que nem vale a pena, aquilo está um arremesso de clube, a equipa é ridícula e não joga a ponta de um chavelho. Não basta? Então leiam isto e isto.
Depois de um começo mauzinho e aqui convém salientar o mérito da equipa adversária (pode ser uma surpresa para alguns, mas o Benfica não joga sozinho) que estudou e bem o Benfica e entrou forte no jogo tentando alcançar o objectivo de marcar fora e conseguiu.
É para mim óbvio que quando se enaltece as exibições da equipa se deve ter em conta que joga com adversários de diferente valia. No passado fim-de-semana tinha-mos alcançado a melhor exibição da época, do melhor que se viu nos relvados portugueses, frente ao 4º classificado da Liga portuguesa e assim mais valorizada a actuação e resultado conseguido.
Como o Benfica não joga sozinho e entrou, pareceu-me, excessivamente confiante, a primeira metade do jogo não foi nada famosa. O golo deixou a equipa nervosa e só se recompôs a seguir ao intervalo.
A segunda parte trouxe um Benfica mais perto do que tem sido ultimamente, mesmo não atingindo nota artística de relevo. Sem Saviola e com Jara a aparecer só depois do intervalo, o Benfica partiu para a reviravolta que conseguiu com golo do argentino que insiste em marcar golos, malgrado ser, para muitos, uma belíssima porcaria de jogador. Antes, Cardozo tinha facturado o 13º golo da época.
A equipa motivada pela reviravolta no marcador (será que agora deixam de dizer que o Benfica quando não marca primeiro perde sempre?) e por um público que acreditava dilatar a vantagem esteve perto de o conseguir por três ou quatro ocasiões.
Estou tranquilo quanto ao desfecho da eliminatória.
Grande jogo de Maxi Pereira, Coentrão e Jara.
Obra-prima. E podia acabar aqui este texto sobre “Black Swan”. Darren Aronofsky é um realizador do catano. Podia-me armar ao pingarelho e dissertar sobre os movimentos de câmera que seguem quase sempre de perto a protagonista, no uso do preto e branco (realçando a luta interior entre o bem e o mal ou o cisne branco e o cisne negro) só “manchados” pelo vermelho vivo do sangue, mas prefiro realçar a magnífica interpretação de Natalie Portman, muito mais magra (efeitos do intenso treino a que se submeteu para este filme), que consegue levar-nos nesta viagem através dos custos da obsessão pela perfeição. A interpretação de Barbara Hershey, no papel de uma controladora mãe que projecta na filha tudo o que não conseguiu para si mesma, é absolutamente brilhante. Vincent Cassel é excelente no papel de encenador e Mila Kunis prova que é mais que uma cara bonita. “Black Swan” é belo e assustador e em comparação com “The Social Network”, grande favorito à conquista da estatueta de melhor filme, ganha e por goleada.
A tão badalada cena lésbica entre Portman e Kunis, faz todo o sentido no filme e é magnificamente filmada e interpretada. O resto é polémica que até ajuda a “vender” o filme…
Obrigatório ver. Um filmaço! 9/10.
Woody Allen. Quem não gosta dos filmes do homem? Se não gostam é problema vosso. O que dizer deste “You Will Meet a Tall Dark Stranger”? É Allen no seu melhor. Casais que se separam, casais que se apaixonam, casais que traem, sofrem, riem. É Allen a retratar pessoas, como eu e vocês, com todos os seus defeitos e virtudes, é uma tragicomédia como a vida, a nossa. Allen repete quase sempre a fórmula, mas de alguma maneira os filmes dele nunca se repetem. E o elenco? Gemma Jones, Anthony Hopkins, Naomi Watts, Josh Brolin, Freida Pinto, Antonio Banderas. Um luxo. Só falta algo que sempre adorei nos seus filmes: a cidade de Nova Iorque.
Não é o melhor filme de Allen, seguramente, mas para quem gosta da obra deste senhor será sempre um filme obrigatório de ver. 7/10
Não é o melhor filme de Allen, seguramente, mas para quem gosta da obra deste senhor será sempre um filme obrigatório de ver. 7/10
O World Press Photo já vai na 54ª edição e para os apreciadores de fotografia (como eu) é sempre um acontecimento. A 11 de Fevereiro foram escolhidos os vencedores. Fantásticas fotos escolhidas entre as mais de 100.000 em competição. Aqui fica uma amostra das fotos vencedoras, se quiserem ver todas as premiadas carreguem aqui.
Chamo a atenção para as fotos 17 e 18, em especial a primeira das duas é do mais impressionante que já vi.
Só naquela da cagança, digo-vos que aqui o menino sabe fazer umas coisas na cozinha! E reparem no nome disto: “Faisão au Porto com uvas, tâmaras e bacon.” Fino. Querem a receita? Queriam…
Estava bom, pá!
Magnifica. Estupenda. Sublime. Extraordinária. Soberba. Fantástica. Inigualável. Esfusiante.
Podem procurar mais adjectivos para classificar a exibição de gala que o Benfica efectuou (em especial na 1ª parte) frente ao Vit. Guimarães.
Há tanto para dizer sobre o que se viu no relvado da Luz. Quem não viu que arranje maneira de ver a melhor exibição, o melhor futebol que se viu esta época num estádio português. Houve momentos de futebol absolutamente entusiasmantes.
Já vi alguns classificar aquela exibição como sendo uma exibição “catalã” ou espanhola, numa alusão ao “tiki-taka” ou lá como classificam o futebol do Barcelona e da selecção espanhola. Não gosto destas associações. Aquilo foi o futebol “à Benfica”. Um futebol que Jesus devolveu ao meu Benfica.
Não vou fazer grandes destaques na equipa, mas quero fazê-lo em respeito a um momento verdadeiramente brilhante, de uma classe só ao alcance dos predestinados. O passe de Sidnei (mais uma excelente exibição do “gordo”) foi excelente, a desmarcação foi no momento preciso e a recepção (pelos deuses do futebol, aquela recepção!) é absolutamente incrível, um deleite para quem gosta de futebol! Tudo feito em corrida, tudo feito em velocidade, com uma classe superior. Para coroar aquele momento sublime em que a bola “morre” no pé direito do argentino, só mais um toque para desviar do guarda-redes, com a direcção e velocidade certa. Um hino ao futebol. Aimar é sinónimo de classe. Tivesse menos um par de anos…
Destaque ainda para Carlos Martins (golaço e festejo “à lá Cantona”); Roberto que com mais um punhado de boas defesas (excelente a que efectuou a remate de Edgar a evitar o 2-1) deu segurança à equipa e para Luisão, que em dia de aniversário deu seguimento às fantásticas exibições que vem fazendo.
Uma exibição para recordar. Duas bolas no poste, um punhado de boas defesas do guardião adversário, um penalty falhado (Cardozo tem de rever a matéria), um golo mal invalidado e outro que num estádio diferente seria seguramente validado. Foram três, e sem ponta de exagero, podiam ter sido quatro, cinco, seis, sete ou oito golos sem resposta. A 16ª vitória consecutiva em competições nacionais foi assim conquistada com nota artística elevada. Mal empregada equipa a jogar nesta Liga.
P.S. Sei que muitos, compreensivelmente, apostam numa goleada para a deslocação a Alvalade. Compreendo a euforia porque a equipa a justifica, mas tal como nos maus momentos a equipa não é a porcaria que dizem dela também agora convém lembrar que a equipa não é invencível e que um derby é (sempre foi) imprevisível no resultado. Já vejo futebol há tanto tempo e já vivi muitos jogos em que um Benfica fraco e derrotado se agiganta e ganha o derby de Lisboa. Confiante? Muito. A equipa merece que o esteja e se tudo correr normalmente o derby será ganho pela melhor equipa, o Benfica. Antes importa “despachar” o Estugarda com resultado que permita ir à Alemanha para cumprir calendário. As equipas alemãs, mesmo que estejam mal, são sempre complicadas.
P.S.1. O que se viu ontem no Estádio da Luz enche-me de orgulho na equipa e no trabalho feito. Sei que a Liga é quase impossível de conquistar. Sei. Mas não deixo de acreditar enquanto vir esta vontade, qualidade e categoria. Não irei deixar de acreditar enquanto matematicamente for possível. Também por isso não ligo ao fedelho que grita a plenos pulmões para ver se alguém lhe dá atenção depois de conseguir uma vitória que todos sabíamos garantida. O que me apetece dizer é: “Caguei e andei.”
“The King’s Speech”, o filme de Tom Hooper é o campeão de nomeações e na minha reles opinião as de Colin Firth e Geoffrey Rush são bem merecidas. Rush, não precisava de provar nada neste filme porque todos sabemos que é um enorme actor.
A história verdadeira do rei que tem de conviver com um problema de gaguez e a relação que constrói com o seu terapeuta da fala resulta num belíssimo momento de cinema. A caminhada que os dois encetam para o monarca falar às massas tem como momento alto quando o terapeuta (Rush) age como um maestro e “dirige” o rei (Firth) num directo radiofónico. Brilhante! Um filme que através de um argumento bem estruturado consegue caracterizar o inicio de uma época conturbada da história mundial. Não deixem de ver um dos melhores filmes do ano. 8/10
“The Social Network” não é o melhor filme do ano. Decerto muitos irão discordar de mim, é algo que não me importa muito. Sou um apreciador de cinema, um mero espectador sem a veleidade de escrever críticas a filmes. Estas “coisas” que vou escrevendo é unicamente a minha opinião sobre o que vou vendo. O filme de David Fincher é muito bom, disso não restam dúvidas. A realização é óptima, conseguindo imprimir ritmo até nas cenas em que só há texto para debitar. As interpretações estão acima da média (se excluirmos Justin Timberlake como criador do Napster.) e o filme consegue o objectivo de se centrar mais nas relações e sentimentos entre os protagonistas passando a mensagem que algo brilhante e brutalmente rentável como o Facebook pode nascer de algo tão banal como classificar miúdas giras e ser desenvolvido à custa de traições, inveja e egos enormes.
Chamo a atenção para um pormenor: Os gémeos Cameron e Tyler Winklevoss são interpretados pelo mesmo actor, Armie Hammer. Tecnicamente de forma tão perfeita que é praticamente impossível notar algo quando os gémeos (quase sempre) contracenam nas mesmas cenas. Brilhante!
Filme muito bom. Melhor filme do ano? Não. 7,5/10
O Tim Rice-Oxley dos Keane abandonou a banda? E o senhor decidiu formar uma nova banda? Não sabia...
Keane são uma das bandas que mais aprecio dentro do género Britpop.
Depois de descobrir "State of Our Affairs", dos Mt. Desolation (que raio de nome para uma banda) fiquei com vontade de ouvir o que estes moços andam a fazer. Oiçam e tiram as vossas conclusões…
Portugal-Argentina. Ronaldo versus Messi. Ui! Quem é o melhor? Quem? Bem, deixa cá ver se consigo explicar o que acho sobre este tema, para alguns, tão interessante.
Em poucas palavras começo por estranhar porque se insiste em comparar jogadores tão diferentes. Ronaldo é um finalizador (não deixando de ser um criativo) e Messi um criador (não deixando de ser um excelente finalizador). Ambos são similares em qualidade, mas com características completamente distintas. Quem é o melhor? Sei lá.
Pode-se gostar mais de um do que de outro, e por isso afirmar quem é o melhor será sempre um exercício de gosto pessoal. Eu gosto dos dois. Gosto tanto da fantasia de Messi, como da explosão de Ronaldo. Messi consegue ser mais “bonito” a jogar? Talvez. Ambos marcam golos em catadupa e nem isso pode ser usado para os distinguir. O português talvez seja melhor no jogo aéreo do que o baixote argentino, mas Messi é capaz de “desequilibrar” mais a equipa adversária. Ambos não são muito fortes a defender.
Pode-se gostar mais de um do que de outro, e por isso afirmar quem é o melhor será sempre um exercício de gosto pessoal. Eu gosto dos dois. Gosto tanto da fantasia de Messi, como da explosão de Ronaldo. Messi consegue ser mais “bonito” a jogar? Talvez. Ambos marcam golos em catadupa e nem isso pode ser usado para os distinguir. O português talvez seja melhor no jogo aéreo do que o baixote argentino, mas Messi é capaz de “desequilibrar” mais a equipa adversária. Ambos não são muito fortes a defender.
Agora chegamos a um pormenorzinho que na minha opinião faz alguma diferença e faz pender a balança para o lado do português. E não me venham com a história de estar a ser patriota. Até porque isso dá-me uns abalos ao pífaro que nem vos digo nada.
Ronaldo realizou épocas extraordinárias no Man. United. Ganhou uma catrefada de títulos, colectivos e individuais, marcou golos que se fartou e exibiu-se a altíssimo nível. Tudo está a ser repetido no complicado Real Madrid.
Messi faz o mesmo desde sempre no Barcelona. Marca, assiste, cria, delicia. Em títulos, colectivos e individuais, nenhum falta no palmarés.
Então qual o pormenor, a diferença que faz Ronaldo ganhar vantagem? Ainda não descobriram? Está implícito no que escrevi.
Ronaldo não joga há décadas numa equipa, o Barcelona, protegido por uma grande equipa (a melhor do mundo para muito boa gente), que joga sempre da mesma forma, no mesmo sistema táctico, com pouquíssimas mudanças de jogadores e treinadores.
Poderemos nunca assistir à saída de Messi da “bolha” que o protege no Barcelona e provar noutra equipa onde tenha de se adaptar a algo totalmente novo que mantém a qualidade evidenciada na equipa catalã. E quem beneficia mais com a relação. Messi ou Barcelona?
Enquanto isso, Ronaldo prova em qualquer equipa, com qualquer treinador que é bom.Muito bom!
Aliás, este argumento serve perfeitamente na comparação Guardiola/Mourinho, mas isso é outra conversa e fica para outra ocasião.
Que seja um bom jogo.
“Rabbit Hole” não é um “feel good movie”, muito longe disso. O que me fez ver este filme foram as notícias de uma interpretação de Nicole Kidman em que ela abandonava o registo esfíngico de diva. Não sou admirador da actriz (ainda menos agora em estilo lábios-botox-actriz porno), mas reconheço que a nomeação para o Óscar até faz algum sentido, embora não a veja a agradecer de estatueta na mão. Aaron Eckhart aguenta-se muito bem, num filme que nos faz pensar como sobreviveríamos a uma “chapadona no trombil”, daquelas que a vida nos dá quando parece que tudo é quase perfeito. A ver. 7/10.
“The Kids Are All Right” é engraçado, divertido, sexy, actual e inteligente. É? Sim, confirmo. Vê-se muito bem e a interpretação de Julianne Moore é excelente (se não fosse é que eu estranhava) e ofusca Annete Benning, ela sim, nomeada para o Óscar. Coisas… Mais um filme que aborda a muito actual relação/casamento gay e como a família como sempre a conhecemos está a mudar e pode resultar. 7/10.
O Benfica deslocava-se ao Bonfim e eu, reconheço, estava um pouco apreensivo com o jogo frente aos sadinos. O Vit. Setúbal nem é das piores equipas e os efeitos da vitória no Dragão poderiam fazer-se sentir.
O que temia nem era tanto a vertente física, o que me preocupava mais era o relaxe mental, a descompressão que acontece quando é atingido um objectivo importante. O desgaste mental dos grandes jogos, quando terminam em vitória (quando terminam em derrota o próximo jogo é aguardado com o objectivo de dar a volta por cima) manifesta-se nalgum relaxar nos níveis competitivos. E de alguma maneira isso notou-se, embora a vitória nunca tenha estado em perigo, a equipa esteve em “modo q.b.”. Ainda assim foi uma exibição segura e vitória natural, “enfeitada” com dois belos golos.
Boas exibições de toda a defesa com destaque para Luisão que ainda conseguiu por várias vezes ser perigoso nas bolas paradas e esteve à beira de marcar grande golo.
Destaque natural para Gaitán, Jara e Roberto. Os argentinos continuam a jogar e a marcar e assim, jogo após jogo, vão desmentindo quem não acreditou neles ao fim de dois ou três jogos. Decerto o problema estará na avaliação errada de certos experts da bola que insistem em não dar tempo para que os jogadores revelem a sua qualidade. Gaitán e Jara marcaram e mais importante foi como o fizeram. Dois golões! O primeiro depois de uma jogada carregada de classe de Saviola e passe magistral com conclusão na mesma medida de Gaitán. O segundo, marcado por Jara, a confirmar a confiança que o jogador revela ultimamente, resulta de jogada de combinação com Maxi e conclusão tão acrobática como espectacular.
Digam lá se isto que escrevo sobre Jara não é verdade? Pois…
Destaque ainda para Roberto, mais um vez, com duas ou três defesas de qualidade e que evitaram a chegada dos sadinos ao golo. Ainda me lembro de ver tantos pedirem Eduardo…
15ª Vitória consecutiva em provas nacionais. Brilhante! Que seja para continuar.
P.S. Na impossibilidade de ir a Setúbal, acompanhei o jogo via TV e através dos telefonemas do meu irmão que se deslocou ao Bonfim. Já depois do jogo acabado recebo o último telefonema dele a vociferar contra a PSP e a carga que esta tinha efectuado contra tudo o que mexia na bancada onde os adeptos do Benfica aguardavam ordem para sair do estádio. Disse-me que mulheres, velhos, crianças tudo levou… Ele tinha conseguido safar-se no meio da confusão. A indignação vinha de nada ter acontecido que justificasse a intervenção da polícia e principalmente do ódio que, disse ele, se notava no olhar dos polícias. Confirmei na minha timeline do Twitter as queixas iguais às do meu irmão. Confirmei a estupidez e violência desnecessária e que a carga policial já era habitual no Bonfim. Uma vergonha. Fiquei contente com isto.
P.S.1. É conhecido o sentimento dos adeptos sadinos para com Benfica. Eles são do Vitória e anti-Benfica. Vivo bem com isso e espero que o Mozer e Carlos Brito tenham sucesso na luta contra a despromoção.
No passado sábado a Joana fez 8 anos, a festa foi gira, especialmente para ela e para as suas amiguinhas. O tema escolhido pela petiza foi a ”Moranguinho Doce”. Não conhecem? Ainda não há filhos por ai, certo? Pois…
Desde a animadora contratada, bolo de aniversário, prendas para os convidados até à decoração tudo era alusivo á personagem da série animada.
Destaco a obra-prima da doçaria que nos foi entregue em casa pela Ana pouco tempo antes da festa começar. A Ana faz isto com o prazer que colocamos nos nossos hobbies.
Um trabalho magnifico que ficou tão bonito como saboroso. Bolo de chocolate com recheio de morango (confesso que ainda ontem à noite me lambuzei com uma fatia… cof, cof… pequenina… cof, cof…), acreditem que cada garfada é puro prazer.
A Ana Albasini merece que dê destaque ao seu bolo e já vem com atraso. Passem pelo blogue dela e vejam outros trabalhos/bolos que ela já fez e depois façam o favor de lhe encomendar mais alguns que não se vão arrepender. Palavra de guloso!
- Depois de vitórias importantes e saborosas como esta é tão fácil bater no peito e dizer: “ Sou Benfica”. Seria bom que isso acontecesse aquando das derrotas em vez de se procurar culpados, bodes expiatórios e espalhar insultos dirigidos ao clube, às pessoas que o dirigem, aos treinadores e aos jogadores que envergam a camisola que adoramos. Seria bom que muitos que desde o início da época se entretêm a criticar jogadores, treinadores a direcção e em particular quem a lidera, que utilizassem essa energia para apoiar e perceber que esta equipa só necessitava de tempo para crescer.
- Jesus a certa altura disse qualquer coisa como isto: “ Se nos derem tempo, o Benfica vai ser muito forte na 2ª metade da temporada.” Era só para relembrar…
- Classe, maturidade, garra, querer e capacidade de sofrimento. Isto foi a equipa do Benfica. Não costumo pedir mais.
- Destaco a actuação de Luisão. Absolutamente perfeita. Um capitão sereno, competente e praticamente intransponível.
- A ausência de David Luiz (que serviria de arma de arremesso em caso de mau resultado) serviu para provar a qualidade de Sidnei. Nunca duvidei dela.
- Critiquei Jesus pelas opções tomadas no jogo para a Liga. Agora, elogio o treinador do Benfica pelas opções tomadas para o jogo de ontem. Tacticamente a equipa esteve perfeita.
- César Peixoto. Não digo mais…
- 14ª Vitória consecutiva em competições nacionais e a 19ª nos últimos 20 jogos.
- A arbitragem de Paulo Baptista sofreu uma “curiosa” e habitual mutação ao intervalo quando o jogo é no Dragão e o FCP está em desvantagem.
- Pressão. O treinador do FCP irá senti-la agora. A interna (perder com o Benfica no Dragão é imperdoável para aquela gente) ainda será pior que a externa. Curioso para ver como o treinador maravilha e a super equipa responderão dentro do campo.
P.S. Na Taça da Liga, com a eliminação do FCP, já foi puxado o autoclismo estando a competição mais limpa e cheirosa. Na Taça de Portugal a equipa do Benfica tem o dedo no botão do autoclismo. Benfica, é favor efectuar a descarga!
P.S.1 A comemoração do primeiro golo junto aos adeptos é simplesmente arrepiante.
P.S.1 A comemoração do primeiro golo junto aos adeptos é simplesmente arrepiante.
David Luiz, para além de um grande jogador, é uma excelente pessoa e profissional. Agradeço tudo o que ele deu ao Benfica, mas futebol (também) é isto. Desportivamente não é um bom negócio, financeiramente é excelente. Globalmente é bom. O único reparo que poderei fazer a este negócio é ter sido efectuado a meio da época.
David Luiz vai triplicar o ordenado, não vai contrariado. Nesta altura convém relembrar que o Benfica ou qualquer outro clube português nunca irá conseguir segurar os melhores jogadores por mais de 3 ou 4 épocas. Nenhum. Somos um clube de um país periférico, com um mercado incomparavelmente mais pobre que outros e se repararem só os clubes ingleses (as razões para isso são estádios cheios, receitas televisivas assombrosas e milionários donos das principais equipas) podem no momento cometer as loucuras que se viram neste mercado de Inverno. O futebol é paixão, obviamente que sim, mas um pouco de bom senso é necessário. O Benfica continuará a lutar pelos títulos com ou sem David Luiz. Convém lembrar a alguns patetas que por ai andam a gritar como histéricas que experimentaram o sexo anal pela primeira vez e gostaram, que este é só o melhor negócio da história do Benfica. O que eu gostaria de ver algum destes imbecis que agora vociferam impropérios contra tudo e todos, é recordar que alguém a trabalhar para o Benfica, em 2007, descobriu um moço na 2ª divisão brasileira e que a direcção aceitou pagar 1.500 milhões de euros por ele. Na altura, provavelmente os mesmos palermas que agora arrancam cabelos enquanto guincham: “O Benfica acabou!” ou escrevem posts sobre a situação financeira do clube como se percebessem muito da mesma, devem ter insultado mais esta contratação como fazem com os Roberto, Jara, Gaitán ou Salvio desta vida. Agora é a mesma direcção que o descobriu a transferi-lo por vinte vezes mais. Para qualquer um que não tenha doado o cérebro em vida (certamente para estudo, dado que a estupidez é infinitamente fascinante) isto tem de ser considerado um bom negócio.
Como adepto nunca venderia David Luiz, como dirigente do meu clube faria o mesmo que esta direcção, como ser racional aceito, compreendo e apoio este negócio fosse qual fosse a direcção a efectuá-lo.
Desejo que David Luiz seja feliz em Londres e um dia que queira regressar será sempre bem-vindo.
Watch the story of history's greatest gladiator unfold with graphic violence and explicit sex.
This is "Spartacus".
This is "Spartacus".
Estava para ver isto há tanto tempo. Muito, muito, muito bom! Que série do catano!
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